Alteração de plaquetas: quando investigar

A faixa de contagem de plaquetas adulto normal pode variar de acordo com o laboratório, mas em geral é de 150.000 a 450.000 cels/microL. Apesar do grande intervalo de contagens de plaquetas dentro da população, a variação do número de plaquetas em um paciente, em geral, é pequena. Doenças crônicas associadas, uso de medicações, vacinas ou infecções agudas devem ser consideradas na avaliação de pacientes com níveis baixos ou aumentados de plaquetas.

A trombocitopenia ou plaquetoepenia é classificada em  leve: plaquetas entre 100.000 a 150.000 céls / microL; moderada: plaquetas entre 50.000 a 99.000 cés / microL ; e grave: plaquetas < 50.000 / microL. Antes de prosseguir na investigação da trombocitopenia, é importante confirmá-la com a análise do sangue periférico, descartando a presença de grumos e repetição da contagem plaquetária em tubo de citrato. 

A plaquetopenia grave implica em maior risco de sangramento, mas varia de acordo com a condição subjacente e pode ser imprevisível. O principal sintoma da baixa contagem de plaquetas é a hemorragia: pequenos pontos vermelhos na pele ou no interior da boca, hematomas espontâneos ou provocados e sangramento em gengivas, menstrual ou na urina. Causas de trombocitopenia frequentes são infecções virais, como gripe ou dengue. É importante na investigação de plaquetopenias mantidas, o rastreio de hepatites crônicas, HIV, alterações reumatológicas e tireoideanas. Trombocitopenia pode ter como causa doenças de diminuem a produção de plaquetas (alterações medulares) ou que aumentam sua destruição (geralmente mediada por anticorpos e/ou pelo aumento do baço).

O aumento no número de plaquetas, também chamado de plaquetose ou trombocitose, pode acontecer devido a causas primárias da medula óssea ou reacionais a quadros sistêmicos, como anemia aguda, trauma ou infecções. Os sintomas de plaquetas altas costumam estar relacionados à formação de trombos, ou em casos extremos, sangramentos. Sinais como dor de cabeça, formigamento em mãos ou pés podem ser relatados. Dra Daniela Palheiro orienta que os tratamentos da trombocitopenia e trombocitose vão depender da causa subjacente.

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